08 de Fevereiro - Livro de Números ( Nm 1-3)


Após a pausa na história dos quarenta anos percorridos no deserto pelo livro de Levítico. Agora e a vez de se voltar às atenções para o sistema organizacional do povo em seu acampamento e ter a real noção de seu tamanho em povo que saiu do Egito e que estava no meio do deserto de Sinai. O quarto livro escrito por Moisés recebeu o nome de Números pelos gregos durante a septuaginta por causa das duas contagens do povo que estão contidas no livro (Nm 1 / Nm 26). No original hebraico o titulo do livro e dado a quarta palavra inicial do livro que é Barmidbar o que significa “no deserto”, essa era a real situação que o povo se encontrava no meio do deserto do Sinai pronto para entrar na terra prometida e ter o merecido descanso.

1 – A ordem da contagem e organização.

Com a implantação das leis o próximo passo foi à estrutura militar contagem de todos os homens de vinte anos para cima foi para justamente ver o poder de fogo que Israel, possuía o que seria muito utilizado na conquista da terra. Ao se voltar para o lado militar Moisés segundo Josefo estava preocupado com a sua quantidade numérica, pois tendo ele participado na guerra Egito contra a Etiópia sabia a importância estratégica e numérica há frente de uma batalha. Das treze tribos israelitas apenas doze são contadas e aptas para a guerra. A separação da tribo de Levi para o sacerdócio e a adoção de Jacó dos filhos de José (Gn 48.5-6) tornava novamente a nação patriarcal com doze tribos estabelecidas em seu território. A soma de todos os homens prontos para a guerra era de 603.550, o qual podemos ver esse número em diversas passagens do pentateuco (Ex 12.37/38.26 /Nm 1.46/ 2.32 / 11.21). O que nos leva a acreditar e muito estudiosos defendem que o numero total de pessoas que saíram do Egito foi de aproximadamente mais de dois milhões de pessoas (homens, crianças, mulheres e idosos).
A organização dentro do arraial serviu para saber a que tribo aquela pessoa pertencia e para manter uma estrutura simples e organizada dentro daquilo que fora estipulado por Deus. Podemos observar q importância de Judá dentro do acampamento mesmo sendo o quarto filho de Jacó ele seria o primeiro a sair para marcha e o primeiro a guerra. A importância de sua saída representava o futuro reino que seria posto sobre toda a nação de Israel (Gn 49.8-10). Era bem simples e bem divida. As tribos estavam dividas assim: Dã, Aser e Naftali ao norte, depois deles os filhos de Merari protegendo a parte norte do tabernáculo. A parte Leste Judá, Issacar e Zebulom após eles as tendas de Moisés e Arão e seus filhos ao Sul Ruben, Simeão e Gade após eles os coatitas protegendo o tabernáculo e por fim ao sul os filhos de Raquel Benjamim, Manasés, Efraim e protegendo o tabernáculo os filhos de Gerson. Todo o acampamento ficava em torno do tabernáculo o qual estaria no centro e seus exércitos ao seu redor.
Na ordem de marcha temos um ponto interessante me sua ordem estava na tribo de Levi era a única tribo que marchava separadamente divida em duas parte a ordem de marcha era: Judá, Issacar, Zebulom e entram a primeira parte dos filhos de Levi Gerson e Merari, Ruben, Simeão e Gade, os filhos de Raquel – Efraim, Manassés e Benjamim e o quarto exército Dã, Aser e Naftali os filhos das concubinas. Formando assim a saída dos filhos de Israel indo a frente Moisés de todo o exército.

2 – A separação e ordenação dos filhos de Levi.

Por não ter o direito a possessão na terra os filhos de Levi não foram contados juntamente com seus irmãos. A guarda do tabernáculo seria a principal função de todos os levitas existentes e de levar as coisas sagradas sobre seus ombros era o seu principal objetivo na ordem de marcha do povo. John Joseph Owens vem nos acrescentar que apesar da parte política ter sido dada a tribo de Judá o que realmente interessava para todo o povo tinha sido entregue a tribo de Levi o cuidado do sacerdócio e das coisas sagradas. Os três filhos de Levi estão separados nos seus cargos no capítulo 3 de Números, Os filhos de Coate, o qual Coré fazia parte, tinham o dever de carregar todas as coisas sagradas em seus ombros, falha apresentada por Davi ao tentar trazer a arca da aliança para Jerusalém (II Sm 6.1-19). Os filhos de Merari que ficaram responsáveis por todas as tabuas e os tecidos que faziam parte do tabernáculo (Nm 3.33-37) e os filhos de Gerson que estavam encarregados das cortinas que faziam parte da tenda da consagração. Arão e Moisés eram filhos de Gerson, mas Arão foi contado a parte, pois, tinha sobre seus descendentes o dever sacerdotal, sendo assim responsável pela administração de toda a tribo e do aceite da unção aos cuidados de Eleazar.

O livro de Números vem nos mostrar pontos interessantes na jornada no deserto e como um líder pode fracassar pro causa de seu povo.








Comentários