14 de Fevereiro - Águas de Meribá (Nm 19-21)

As rebeliões após a vara de Arão florescer diante da tenda da congregação cessaram, mas jamais as reclamações tiveram o fim esperado pelos líderes. No capítulo 18 lemos relatos a respeito da tribo de Levi o que eles deveriam fazer e o que as outras tribos deveriam fazer por aquela tribo escolhida de Deus. A partir do capítulo 19 vemos um inicio de uma nova era no arraial, muitos das pessoas que saíram do Egito já tinham falecido faltando poucos e ao trigésimo sétimo ano aproximadamente começa uma nova fase dentro do arraial e os últimos detalhes para conquistar a terra prometida estavam sendo preparados.

1– Águas de Meribá.

             As murmurações pararam às reclamações permaneciam constantes na vida do arraial. Não temos informações sobre os trinta e sete anos passados desde os relatos de Números 17 sabemos apenas que no início do capítulo vinte começa os últimos três anos no deserto. Bem próximo a fronteira vemos a última murmuração no meio do povo o que levou a atitudes errôneas de Moisés e Arão. E comum que o deserto não tenha água para abastecer uma pessoa quanto mais uma multidão que estava acampada em um lugar específico em Cades. A prova de que eles estavam no mesmo lugar dos acontecimentos de Nm 17 não quer dizer que eles passaram os trinta e oito anos existentes naquela região e sim que possam ter voltado para que eles pudessem completar o período da peregrinação.
             Em Nm 20.1 vemos a morte de Miriã, irmã de Moises e Arão o qual fora proibida por Deus de entrar na terra prometida pela rebelião feita contra Moisés (Nm 12.1-5), ela era uma sacerdotisa importante para o povo, pois, em Mq 6.4 vemos que os três conduziram o povo no meio do deserto, Moisés, Arão e Miriã que prestava constante adoração ao Senhor com seu pandeiro. Não somente Miriã tem os seus últimos dias na terra, mas, Arão também chega ao seu último ano de existência e é elevado ao Monte Hor e ali sepultado de forma sobrenatural ser sepultado. A vida de Arão, assim como Miriã e feita de altos e baixos foi o responsável por criar o bezerro de ouro no deserto para que o povo fosse contaminado com a idolatria, poucos dias após ouvirem a voz do Senhor proibindo criar deuses para si. A vida sacerdotal também e tida com o ato falho que juntamente com a sua irmã de se levantou contra seu irmão, questões parentais e por direito de primogenitura Moisés nunca poderia ser líder de seus irmãos por ser o mais novo entre eles. Ao contrário de Miriã ele não é castigado por causa da rebelião contra Moisés por ser o sumo sacerdote. Mas, teria que haver as águas de Meribá para que ali juntamente com Moisés os dois pudessem perder completamente a sua razão e serem proibidos por Deus de entrarem na terra prometida.
As águas da fonte de Refidim, onde águas brotaram da rocha através da ferida causada nela por Moisés é um fato curioso que nos vem novamente a memória. Matthew nos leva a acreditar que as águas de Refidim acompanhou o povo durante uma boa jornada no caminho do deserto, tendo se esgotada apenas onde eles acamparam e encontraram grandes mananciais de águas para abastecer todo o povo. Assim, com o abastecimento de água suprido toda a água se esgotou. Novamente o milagre de um rocha dar água, Moises e Arão cansados de verem todo o povo reclamando durante todo o tempo que viviam no deserto e sabendo que o longo período estava no seu fim ao verem as reclamações não acreditam que poderiam passar mais tempo naquele deserto. A ordem de Deus era para ele falar para a rocha que ela daria água,ele faz ao contrario em um dos poucos momentos de furor registrado na vida de Moisés ele fere novamente a rocha que jorra água abundantemente. Moisés nunca houvera desobedecido a Deus, a não ser naquele momento, nem ao quebrar as tábuas da lei de Deus ele fizera de vontade própria por achar que o povo não era digno de teras leis escritas pelo próprio dedo de Deus. Mas, em Meribá foi diferente a quebra da ordem tirou a chance de Moisés entrar na terra prometida.

2– As serpentes de fogo.

É fato após derrotar os amorreus e começarem a possuir herdade na terra prometida o povo novamente reclama contra o seu líder por ter sido ordenado a sair daquele lugar e por o povo todo em marcha. Suas reclamações chegaram assim como todas as outras aos ouvidos de Deus o qual enviou serpentes que mataram várias pessoas do meio do povo destruindo assim todos os murmuradores de Moisés (Nm21.5-6). Aqui vemos também que o próprio povo chegou para com Moisés e reconheceu o seu erro que eles tinham pecados contra o seu líder e pediu para que ele orasse a Deus para as retirarem no meio do acampamento (Nm 21.7). A cura aqui de forma diferente a confecção de uma serpente de bronze o qual anos mais tarde seria idolatrada pelos israelitas nos tempo dos reis (II Rs 18.4), aquele que olhasse para ela seria curado e teria a sua vida restaurada imediatamente. O apostolo João faz menção a ela em seu evangelho e a tipifica como um exemplo de Cristo (Jo 3.14-16). As serpentes segundo Champlin vêm do original nachash sarap com a palavra sarap significando queimadura. A muitos que acreditem que ao morder as pessoas provocavam grandes queimaduras em sua pele ou possa ser uma espécie muito venenosa do deserto que deixava uma ardência no local da picada.
Como final das murmurações e o começo da conquista de terras pelo povo estava de fato terminado as peregrinações do povo sobre o deserto.


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