22 de Fevereiro - Guerra Santa (Dt 7-9)

     
O segundo discurso de Moisés tem a sua continuidade e vem falando sobre a obediência a Deus e aos seus mandamentos que Ele dera no Sinai para todo o povo obedecer e seguir as tudo aquilo que lhe fora dito. A iniquidade dos povos que habitavam a terra tinha chegado ao seu limite, Deus resolvera destruir todas as nações através de seu povo o qual vermos no livro de Josué todas as tribos consentiram coabitar com o restante dos povos servindo assim de laços para eles. Após o passo da obediência vira o ato de conquista, restando para Josué, sucessor de Moisés, entrar e fazer o povo possuir a terra. Muitos criticam a Jirad, a guerra santa dos muçulmanos, mas segundo John Watts dentro do “Comentário Bíblico Broadman” era necessário a total destruição do povo, pois, eles serviriam como laços, como foram no futuro da nação de Israel, e os fariam se esquecer de Deus. A ordenança de total destruição era um ato do julgamento divino para todas as perversidades cometidas pelos seus moradores.

1 – Guerra Santa.

      Para compreendermos o significado de guerra santa dentro dos textos de Deuteronômio teremos que observar alguns pontos: Ela proibia qual tipo de proveito pessoal, pois, toda a gloria teria que ser prestada a Deus e que Ele mesmo tinha travado a batalha pelo povo. Costume muito comum dos povos antigos que acreditavam com os sacrifícios e as oblações realizadas antes das guerras era de suma importância para a decisão final. A mistura do povo traria serias conseqüências para a nação toda, assim, contaminado toda a nação os levando-os a idolatria como aconteceu nas planícies de Moabe no caso de Baal-Peor (Nm 25.1-3). A base da guerra santa se tinha de três formas: 1 – Extermínio de todos os povos que os levariam a idolatria e a prostituição espiritual como os seus deuses; 2 – Destruição de todos os deuses existentes e locais de cultos, não bastava apenas matar o povo eles também teriam que destruir por completo para os deuses não fossem lembrados pelo povo; 3 – Fazer acordo com os povos locais para que eles não o servissem de laços. Se lermos o livro de Josué (Js 6-12), nós podemos observar que parte desses três pontos foram realizados pelo povo, o fato de não destruírem completamente resultou nos dois exílios na era dos reinos divididos.

2 – Advertência contra a idolatria.

             Ainda no capitulo sete lemos a advertência feita por Moisés para que o povo em nenhuma circunstância se misture com os moradores da terra. A nação se Israel era para ser santa ao Senhor e diferente dos povos e das outras nações (Dt 7.6). A melhor e mais utilizada forma de idolatria era concebida através do casamento. Champlin vem nos lembrar que os cananeus estavam sendo julgados por suas ações abomináveis e desagradáveis a Deus. A mistura dos povos iria fazer com que todos os dois povos futuramente fossem julgados e achados em falta para com o Senhor. Em primeiro momento só foi proibido o casamento misto, entre povos diferentes, depois passando a ter contato com os povos pagãos e seus costumes. O targum de Johnatan nos diz que quem se casava com uma pessoa pagã se casava também com os seus deuses o que na maioria dos casos era o que acontecia. O que Moisés poderia esperar do povo? Se pouco tempo eles se misturaram com as moabitas e a praga matou mais de 25 mil homens por causa da mistura do povo como Sêneca diz “eles poderiam ter passado por mudança de ambiente, mas não de coração”.
         O capitulo oito continua da mesma foram lembrados de todas as maravilhas que o Senhor fez no deserto e que todas as suas roupas e sapatos não tiveram nenhuma perda e como o próprio Cristo disse: nem só de pão vivera o homem (Dt 8.10). O povo todo precisava estar ciente dos milagres e de tudo que seus pais passaram no deserto que alguns não viram para que eles pudessem entrar na terra de Canaã para conquistar e tomar posse para si (Dt 9.1). A esperança demonstrada por Moisés para o povo de que eles iriam conquistar aquela terra porque era promessa feita para seus pais.

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