O
período dos juízes é uma repetição de fatos onde a principal mudança é o nome
de seu libertador e que está dividido em seis partes:
PAZ
→ PECADO → ESCRAVIDÃO
└ LIBERTAÇÃO ← CLAMOR
A DEUS ┘
Todo
o juiz surgia em tempo de clamor a Deus (Jz 3.9,15) para libertar o povo da escravidão
e do domínio dos seus vizinhos. Na época dos juízes eles não foram dominados
por nenhuma grande potência mundial, mas, pelos seus próprios vizinhos que eles
não destruíram por completos como Deus ordenara. Não era de menos todos os seus
vizinhos eram povos experimentados em diversas batalhas e bem mais estruturados
militarmente que a nova nação de Israel e com uma melhor organização militar ao
ponto de terem postos militares dentro dos territórios de Israel e o povo não fazer
nada para impedir o avanço dos povos que só terminou na época de Davi, o qual
foi o primeiro a sub-julgar todos os povos da região.
Encontramos
um fato interessante em Jz 4.1, que diz a respeito da morte
de Eude. Desde a sua morte até a época de Débora se tinha passado oitenta anos
de paz que o historiador de Juízes não vem nos acrescentar sobre esse período,
apenas sabemos que nesse intervalo surgiu Sangar que ajudou a expulsar vários
bandidos das estradas que ligavam a terra dos filisteus e assim julgou a terra
por toda a sua vida.
1 - Débora.
Os
capítulos quatro e cinco nos contam a historia de Débora e Baraque que julgaram
a Israel, mas antes de tudo teremos que entender a forma cultural de Israel e a
função de um juiz em Israel. Toda a estrutura de Israel era base em uma sociedade
patriarcal onde as mulheres diversas vezes eram tidas como um objeto de valor e
sem direito a herança no meio de seus irmãos. A questão da herdade no meio do
povo mudou por causa das filhas de Zelofeade, as quais conseguiram herdar possessão
de seu pai no meio de seus tios, já que, seu pai não tivera filhos apenas cinco
filhas e faleceu no deserto. Assim, diferente dos outros povos as mulheres
israelitas não era discriminadas como as mulheres das outras nações, elas
tinham o seu devido valor no meio de seu povo e mereciam respeito de todos e o
ultimo fator não tinham autoridade no meio da sociedade, sem direito a voz e
voto nas assembléias.
No
meio dessa sociedade patriarcal machista digamos assim, que surge a figura de
Débora, mulher profetiza e que julgava a Israel (Jz 4.4). Não temos
nenhuma menção de como ela se tornou juíza do povo, mas, podemos entender os
seus deveres no meio do povo e a sua função diante dele. O juiz não tinha o
poder apenas nas pequenas causas ou separar pequenas brigas tribais, eles também
tinham a função política de um governador da nação ou de sua tribo podendo
acumular três funções básicas: 1 – Executiva,
o mesmo poder concedidos aos prefeitos, governadores e presidente no meio de
uma república; 2 – Legislativa, responsável pelas leis e fazer que todas elas
fossem cumpridas de uma forma justa para todos; 3 – Militar responsável pela defesa da naca em época de guerra e
convocação do povo a batalha. Ela não era uma mera líder qualquer segundo
Champlin ela era um líder dotada de dons e de graça divina que fazia ela era
diferente dos outros, pois, Deus falava com ela.
Os
novecentos carros de guerra de Sícera teria sido a causa do medo de Baraque em
ir combatê-lo, pois, segundo historiadores seus carros tinham laminas afiadas
nas rodas que destruíam boa parte da infantaria provocando um grande estrago no
exercito inimigo. Ele tinha certeza que Deus usava Débora poderosamente no meio
de seu povo e que todo o povo tinha respeito e admiração pelo trabalho de
Débora, assim, eles o escutariam e iriam enfrentar o exercito de Sícera em
batalha. Josefo diz que toda a batalha se deu em meio a forte chuva impedindo
assim, o avanço rápido dos carros e o agir dos arqueiros e dos fundeiros
facilitando a vida de um ataque de infantaria contra todo o exercito bem
preparado de Sícera. A vitória não foi decretada para Baraque por causa de seu
medo e pro não confiar nas palavras de Deus através da vida de Débora, mas, a uma
mulher que usou de astucia e matou Sicera em sua tenda dando leite azedo (segundo
Josefo) e o escondendo debaixo de um tapete.
A
historia de Débora é muito usada pelos defensores do ministério feminino no
meio da igreja eu terminarei com as palavras de Phillip Elliot sobre Débora: “Isso
não se deve a falha de seu sexo; mas, do fato mundo ser todo ele masculino”.
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