Após
os quarenta anos de paz e de obediência ao Senhor Deus, se levanta novamente
mais um tempo de escravidão os seus inimigos. Não temos nenhum relato que
ocorreu nesses quarenta anos de paz Jz 7.1 começa falando que o povo tinha se
esquecido e desviado dos caminhos do Senhor. É poucas vezes que vemos dentro do
livro de Juízes a figura do profeta, além de Débora temos aqui o profeta que
exortou ao povo sobre os seus erros e pecados para com Deus e por esse motivo
eles seriam castigados pelos midianistas. O povo de Israel que vivia da
agricultura e da pecuária, voltada para o cultivo simples e sem as grandes
cidades dos seus inimigos muradas e grandes fortalezas. O castigo viria com os
midianistas roubando toda a colheita de Israel os deixando fracos e sem condições
para se alimentar sobrando pouca comida em toda a terra. Compreendendo esse
contexto e fator histórico nós conseguimos entender o motivo de Gideão estar
escondido cultivando o seu campo escondido.
1
– Gideão.
Ao lermos Jz 6-8 encontramos o quarto juiz de Israel, Gideão
conhecido por Jerubaal pelos seus contemporâneos e concidadãos. Analisar a vida
deste juiz é bem proveitosa pois, vemos dentro delas lições de vida e exemplos
que possa ser feito para nos em nossos dias. Gideão temia pela sua pouca experiência
de guerra não ser capaz de destruir todo o exercito dos mídianitas que passava
a ser mais de cem mil homens fortemente armados. Ele sabia que o seu povo não era
de guerra estava acostumado a viver em paz e a servir os deuses pagãos dos seus
vizinhos que levou a sua desgraça para com o seu Deus. Lawrence Richards o
considera como cético por não confiar nas palavras de Deus e por em duvida e
pedir provas para que tivesse a real certeza de que Deus falara com ele. Jamais
poderíamos chamar ou considerar Gideão um homem sem fé, ou que não acreditava
no Deus de Israel, ele sabia claramente que o seu Deus falava com eles as
historias das conquistas da terra era contadas de geração a geração pelos pais
aos seus filhos o que sempre deixava vivo na memória do povo. O pedido dele
fazendo prova com Deus era mais para ele ter a certeza de que era capaz de realizar
tão grande ato e que Deus livraria por completo dos filhos de Midiã. Pedir
prova estava dentro da lei Mosaica (Dt 18.21-22), era ensinado a por em prova
todos os profetas e mensageiros que vinham em nome do Senhor. Tanto o primeiro
pedido como o segundo pedido de Gideão eram coisas impossíveis de acontecer,
assim, que os dois sinais fora o suficiente para ele reunir o povo todo em
batalha.
Uma grande lição nós podemos ver do inicio da vida de juiz
de Gideão seu primeiro ato foi destruir a estatua de Baal que estava no meio de
sua casa. Seu pai construiu um altar sendo adorado pelos demais moradores de
sua cidade. Ele vinha de uma família idolatra que estava completamente afastada
dos caminhos do Senhor. O erro estava dentro de sua casa e por isso, o seu
primeiro ato teria que ser por sua casa para que Deus pudesse lhe conceder a
vitória sobre seus inimigos.
Josefo
nos diz que ao contar para seus amigos que Deus falara com ele imediatamente o
boato se espalhou e ele conseguiu reunir os 30 mil homens. Não vemos dento do
texto a forma como se deu para ele reunir todo o povo apenas está descrito a
quantidade que reuniu e os seus trezentos guerreiros que foram à batalha. Deus
concede mais uma prova de ele estava com Gideão e que aqueles poucos homens
destruiria todo o exercito. Ao subir ao arraial ele tem a certeza de que a
vitoria estava em suas mãos e que Deus tinha entregado todo o acampamento em
suas mãos. Podemos ver que assim, como os grandes líderes do povo de Israel,
Gideão ouviu e obedeceu a voz de Deus e realizou todos os seus mandados. A
estratégia militar dada por Deus fez com que todo o povo se destruísse, assim,
provocando mais morte pelos soldados inimigos do que pelos israelitas. Josefo
diz que devido à escuridão, a multidão de povos diferentes no acampamento, o
temor de Deus unido com o ataque pó três pontos diferentes. Não tinha outra
forma a não ser só próprios soldados inimigos guerrearem contra eles mesmos e
com os soldados israelitas.
Após
à vitoria a humildade de reconhecer que tudo veio de Deus e rejeitar o cargo de
rei que o povo quisera dar para Gideão e seus filhos (Jz 8.22-23). Gideão cai
em uma pequena cilada armada por ele mesmo. O manto sacerdotal feito para
Gideão serviria de laço para a sua casa, demonstração de descaso para com a
casta sacerdotal levitica e um sinal de desobediência as leis divinas, esse
mesmo manto sacerdotal levaria a todo o povo a se prostituir novamente perante
deuses (Jz 7.27). Em todos os dias de vida de Gideão o povo serviu a Deus e o
adorava.
2 – Abimeleque.
Não
há como separar Gideão de Abimeleque, seu filho, o qual tomara e se constitui
rei sobre Israel. O erro poderia estar no seu nome e um grande desejo de que
Gideão pudera ter algum dia em seu coração, apesar de ter rejeitado quando teve
a oportunidade. Abimeleque vem de duas palavras hebraicas. “Ab” pai, quando
juntamente com a letra yod (aby) tem o significado de meu pai e a segunda “melech”
rei. Assim, seu significado e Meu pai é rei, o que pode ter provocado o desejo
no coração dele para dominar sobre os demais. Alguns não consideram ele como um
juiz de Israel, pois, não toruxe libertação para o povo, apenas usou a força
para subir ao poder e sendo considerado um rei vassalo de Siquém e algumas regiões
próximas.
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