17 de Março - Rute ( Rt 1-4)

Continuaremos dentro do período dos juízes, o oitavo livro da bíblia relata o nome de uma mulher cananéia que teria uma grande importância para o mundo inteiro a historia de Rute, mulher moabita, viúva de um judeu que preferiu ficar com sua sogra que voltar para a casa de seus pais. Antes de tudo teremos que entender o que levou ela a tomar essa atitude para com a sua sogra. Houve fome na terra de Israel, não temos informações exatas quando se passa esses acontecimentos do livro de Rute podemos apenas sugerir três épocas distintas: Sabemos que era época de um juiz, mas não somos informados qual é o juiz que julgava o povo. Historiadores bíblicos acreditam que possa ter ocorrido nos tempos de Éude, pois, e feito referência aos descendentes de Raabe ou até mesmo aos tempos de Débora. Mas, e dentro do próprio livro que podemos encontrar uma pequena referencia “houve fome na terra de Israel” dentro do livro de Juízes só encontramos um período de fome na época de Gideão (Jz 6.3-4). Elimeleque (Meu Deus é rei) leva a sua família para outra terra, não sabemos ao certo o que houvera alem da fome para que ele saísse de sua cidade tendo que vender a sua propriedade para que pudesse ter mantimentos (Rt 4). Ao passar mais de dez anos na terra de Moabe vemos que a fome passou e que Elimeleque e os seus filhos morrem na terra de Moabe.
Aqui entra a historia de Rute onde decide viver com sua sogra e passa a adotá-la como mãe sendo responsável pela provisão toda de sua sogra em sua nova terra. Rute através providência divina observamos que ele vai para as terras de Boaz colher milho para fazer tirar o seu sustento para sobreviver. Boaz era um homem que seguia as leis mosaicas apesar de ser filho de uma Cananéia tinha o maior respeito às leis impostas na terra em que ele morava. Boaz era parente de Noemi o qual a poderia redimir dando os seus bens para ela novamente e gerar descendência a seu falecido marido através do casamento com Rute. Em Rt 2,4-5 lemos que Boaz reparou em Rute, pois, ela era nova e estava ali colhendo espigas caídas nos chão e não era nenhuma de suas assalariadas e servas que fazia esse serviço. O gesto de Rute para com a sua sogra faz com que Boaz tenha grande apreso pela vida dela o qual a acolhe para que ela fique entre suas moças que saem a colher as espigas. Noemi sabia que tinha parentes naquelas terras que poderiam redimir e praticar para com ela a beneficiência do parente remidor.

A lei mosaica defendia o casamento levirato, o qual o parente mais próximo do morto tinha o dever de se casar com a esposa da falecido e gerar descendência para ele. E a tomar como esposa. Não era muitos que gostavam de cumprir essa obrigação para com o seu irmão o qual deveria ser levado perante a assembléia o qual julgaria entre a mulher do falecido e o parente remidor. Boaz não era o parente que tinha a preferência para a compra das terras de Elimeleque, assim, ele não poderia tomar Rute como esposa restando para o outro parente tomar esta ação. Um dos motivos para se recusar o casamento levirato era a grande confusão que acontecia entre os seus filhos na hora da partilha. Não era proibido uma pessoa casada, se casar novamente para dar herdade ao seu irmão. Mas, ele tinha o dever de dar todos os bens do falecido para o primeiro filho daquele relacionamento. Ao se colocar na porta da cidade (Rt 4.1) ele estava disposto a ter Rute por esposa, mas era necessário falar com o parente que tinha o dever de remidor. No livro de Rute é o único lugar na bíblia que vemos o cumprimento dessa lei e a sua aplicação de forma pratica. Champlin diz que existem quatro grandes diferenças entre o livro de Rute com a lei posta em Deuteronômio; 1 – O dever era para com o irmão do falecido e o casamento era para ser diretamente com a viúva do proprietário. Champlim aqui se esquece de que o esposo de Rute tinha o total direito a terra, pois, seu esposo era herdeiro e não mostra o grau de parentesco de Boaz com Elimeleque, nos diz que Noemi disse que ele era o parente remidor de seu esposo,. Talvez ele fosse um irmão mais novo; 2 – Um parente mais distante teve o dever de ser o remidor. Ao falar com o remidor e colocar toda a situação o remidor abriu mão da terra e passando direito da remissão para Boaz; 3 – Rute apresentou a causa perante Boaz, mas ele não era o remidor direto. Ela fora instruída por sua sogra a qual a incentivou e a instruiu como deveria proceder; 4 – A cerimônia da sandália não foi um ato vergonhoso para o parente de Elimeleque. O ato de cuspir no rosto só era permitido a viúva do falecido fazer no remidor e não a outro remidor. (Dt 25.9).
Essa atitude de Boaz para com Rute e Noemi gerou frutos o quais estão diretamente ligados com o restante da história bíblica e com toda a humanidade. E desse casamento levirato que surge o rei Davi e futuramente Jesus , o Messias prometido para todo o mundo.





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