Continuaremos
dentro do período dos juízes, o oitavo livro da bíblia relata o nome de uma
mulher cananéia que teria uma grande importância para o mundo inteiro a
historia de Rute, mulher moabita, viúva de um judeu que preferiu ficar com sua
sogra que voltar para a casa de seus pais. Antes de tudo teremos que entender o
que levou ela a tomar essa atitude para com a sua sogra. Houve fome na terra de
Israel, não temos informações exatas quando se passa esses acontecimentos do
livro de Rute podemos apenas sugerir três épocas distintas: Sabemos que era
época de um juiz, mas não somos informados qual é o juiz que julgava o povo.
Historiadores bíblicos acreditam que possa ter ocorrido nos tempos de Éude,
pois, e feito referência aos descendentes de Raabe ou até mesmo aos tempos de
Débora. Mas, e dentro do próprio livro que podemos encontrar uma pequena
referencia “houve fome na terra de Israel” dentro do livro de Juízes só
encontramos um período de fome na época de Gideão (Jz 6.3-4). Elimeleque (Meu Deus
é rei) leva a sua família para outra terra, não sabemos ao certo o que houvera
alem da fome para que ele saísse de sua cidade tendo que vender a sua
propriedade para que pudesse ter mantimentos (Rt 4). Ao passar mais de dez anos
na terra de Moabe vemos que a fome passou e que Elimeleque e os seus filhos
morrem na terra de Moabe.
Aqui
entra a historia de Rute onde decide viver com sua sogra e passa a adotá-la
como mãe sendo responsável pela provisão toda de sua sogra em sua nova terra.
Rute através providência divina observamos que ele vai para as terras de Boaz
colher milho para fazer tirar o seu sustento para sobreviver. Boaz era um homem
que seguia as leis mosaicas apesar de ser filho de uma Cananéia tinha o maior
respeito às leis impostas na terra em que ele morava. Boaz era parente de Noemi
o qual a poderia redimir dando os seus bens para ela novamente e gerar descendência
a seu falecido marido através do casamento com Rute. Em Rt 2,4-5 lemos que Boaz
reparou em Rute, pois, ela era nova e estava ali colhendo espigas caídas nos
chão e não era nenhuma de suas assalariadas e servas que fazia esse serviço. O
gesto de Rute para com a sua sogra faz com que Boaz tenha grande apreso pela
vida dela o qual a acolhe para que ela fique entre suas moças que saem a colher
as espigas. Noemi sabia que tinha parentes naquelas terras que poderiam redimir
e praticar para com ela a beneficiência do parente remidor.
A
lei mosaica defendia o casamento levirato, o qual o parente mais próximo do
morto tinha o dever de se casar com a esposa da falecido e gerar descendência para
ele. E a tomar como esposa. Não era muitos que gostavam de cumprir essa
obrigação para com o seu irmão o qual deveria ser levado perante a assembléia o
qual julgaria entre a mulher do falecido e o parente remidor. Boaz não era o
parente que tinha a preferência para a compra das terras de Elimeleque, assim,
ele não poderia tomar Rute como esposa restando para o outro parente tomar esta
ação. Um dos motivos para se recusar o casamento levirato era a grande confusão
que acontecia entre os seus filhos na hora da partilha. Não era proibido uma
pessoa casada, se casar novamente para dar herdade ao seu irmão. Mas, ele tinha
o dever de dar todos os bens do falecido para o primeiro filho daquele
relacionamento. Ao se colocar na porta da cidade (Rt 4.1) ele estava disposto a
ter Rute por esposa, mas era necessário falar com o parente que tinha o dever
de remidor. No livro de Rute é o único lugar na bíblia que vemos o cumprimento
dessa lei e a sua aplicação de forma pratica. Champlin diz que existem quatro
grandes diferenças entre o livro de Rute com a lei posta em Deuteronômio; 1 – O dever era para com o irmão do falecido e o
casamento era para ser diretamente com a viúva do proprietário. Champlim
aqui se esquece de que o esposo de Rute tinha o total direito a terra, pois,
seu esposo era herdeiro e não mostra o grau de parentesco de Boaz com Elimeleque,
nos diz que Noemi disse que ele era o parente remidor de seu esposo,. Talvez
ele fosse um irmão mais novo; 2 – Um parente
mais distante teve o dever de ser o remidor. Ao falar com o remidor e
colocar toda a situação o remidor abriu mão da terra e passando direito da remissão
para Boaz; 3 – Rute apresentou a causa
perante Boaz, mas ele não era o remidor direto. Ela fora instruída por sua
sogra a qual a incentivou e a instruiu como deveria proceder; 4 – A cerimônia da
sandália não foi um ato vergonhoso para o parente de Elimeleque. O ato de
cuspir no rosto só era permitido a viúva do falecido fazer no remidor e não a
outro remidor. (Dt 25.9).
Essa
atitude de Boaz para com Rute e Noemi gerou frutos o quais estão diretamente
ligados com o restante da história bíblica e com toda a humanidade. E desse
casamento levirato que surge o rei Davi e futuramente Jesus , o Messias
prometido para todo o mundo.
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